O deputado federal Marcon Pollon, presidente estadual do PL, está percorrendo os municípios cumprindo a missão de articular candidaturas a prefeitos e vereadores. Um dos homens fortes do ex-presidente Jair Bolsonaro, aquele dirigente concedeu entrevista ao jornalista Fausto Brites. Leia na íntegra, abaixo:
Como presidente estadual do PL, qual é a meta que o sr. estabeleceu como número a ser conquistado de prefeituras e cadeiras nas Câmaras Municipais nas eleições de 2024?
Marcos Pollon – Bom, acho que não é momento de fixar números. A gente precisa primeiro conhecer todas as pessoas que querem construir uma nova política, uma política diferente, e consolidar a direita em Mato Grosso do Sul. Então nós vamos procurar quais são esses candidatos que são viáveis, quais efetivamente têm chances para que nós possamos concentrar nossos esforços naqueles que podem vencer as eleições, tanto candidatos a prefeitos como a vereadores em todas as cidades de Mato Grosso do Sul. No entanto, como eu disse, em cada cidade vamos ver se conseguimos fazer candidatos viáveis. Onde não houver essa viabilidade, nós vamos concentrar esforços na vereança.
No caso específico de Nioaque, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro morou por uns tempos e pelo qual tem demonstrado carinho, há possibilidade do PL fazer uma aliança política com o PP para implementação de projeto para impulsionar o desenvolvimento do município?
Marcos Pollon – O PP nacionalmente é um partido que caminha com o PL e aqui em Mato Grosso do Sul não deverá ser diferente mesmo porque a gente deve seguir a orientação da nacional. No entanto, é bom deixar bem claro que quem conduz (articulações) o município de Nioaque é o primeiro suplente a senador, da senadora Tereza Cristina, é o tenente Portela.
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro foi vencedor em 57 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul contra o candidato da esquerda, em 2022. O sr. acredita que ele pode ser o mais importante cabo eleitoral nas eleições municipais, no Estado?
Marcos Pollon – Com certeza, Bolsonaro é a maior liderança da direita do Brasil; uma das maiores do mundo e o seu nome traz esse peso para toda a legenda do PL.
Quais são as propostas do PL para atender os municípios de Mato Grosso do Sul, um Estado com menos de 50 anos de criação?
Marcos Pollon – O PL é um partido que tem se identificado como de direita e a ideia é fortalecer esse vínculo ideológico para que nós possamos cunhar uma gestão com a cara da gestão do presidente Bolsonaro, sempre uma gestão técnica, uma gestão que respeita o recurso público, uma gestão que rouba e não deixa roubar e que se preocupa com o desenvolvimento de cada município. Dito isso, a ideia dos candidatos do PL é sempre trazer uma visão municipalista, privilegiando o desenvolvimento econômico de cada município e o atendimento das questões sociais, como saúde, segurança e educação.
Qual a avaliação que o sr. faz sobre esses primeiros seis meses do governo Lula em atendimento as demandas de Mato Grosso do Sul?
Marcos Pollon – O que Lula tem mostrado não é um plano de governo, apenas um plano de vingança. Ele tem se empenhado em destruir todas as conquistas, tudo que foi feito de bom durante o governo de Bolsonaro, e isso é lamentável, lastimável. Ele busca prestigiar seus cupinchas e seus apoiadores de primeira hora. É muito triste a gente ver todo o governo federal, a força econômica do Brasil voltada para um projeto de vingança e de favorecimento de aliados. Nós, como oposição, estamos nos posicionando firmemente contra esse desmanche de instituições do país.
Os adversários classificam o PL como de ‘’extrema direita’’, até mesmo como expressão pejorativa. Qual o contraponto que o sr. faz a respeito dessa, digamos, classificação?
Marcos Pollon – Chamar o PL de extrema direita mostra, em primeiro lugar, uma ignorância muito grande. As pessoas sequer sabem o que é direita ou esquerda. São os mesmos que até pouco tempo atrás caracterizavam o próprio PSDB, que é um partido histórico da centro-esquerda como sendo de direita. O PL é um partido de direita, tem dentro de seus quadros alguns deputados que são de centro-direita e para ter democracia, tem de existir a possibilidade, o desenvolvimento de todas as matizes ideológicas. Então, tudo que não é esquerda extrema, para os esquerdistas é da direita extrema. Isso é um grande absurdo, uma grande mentira. No Brasil são escassos os partidos de direita; a grande maioria são de centro-direita e qualquer coisa à direita eles chamam de extrema direita. Isso é um absurdo, tanto que nós tivemos quatro anos de governo Bolsonaro e hoje o PL tem a cara do Bolsonaro, e se pauta nas diretrizes do Bolsonaro em defesa da pátria, da família da liberdade e, também, da defesa dos valores cristãos e isso não são valores extremos. Nós tivemos um presidente extremamente democrático, que respeitou as instituições e que cumpriu seu papel e cumpre ainda hoje como liderança. Então, chamar o PL de extrema direita é a construção de um espantalho porque essas pessoas não têm capacidade cognitiva suficiente para debater com os políticos do PL.